Você já sentiu aquela pontada de preocupação no peito ao pensar nas contas do mês, mesmo recebendo sua aposentadoria?
Essa insegurança é comum. Muita gente que já recebe aposentadoria ou pensão do INSS sabe como é apertar o orçamento quando aparece um gasto inesperado ou bate aquela vontade de aproveitar a vida com mais conforto.
É aí que entra o empréstimo consignado — uma forma de pegar dinheiro emprestado com parcelas descontadas direto do seu benefício.
Por que ele costuma ser mais em conta? Simples: como o banco tem a garantia de receber o valor diretamente da folha, o risco é menor e, por isso, os juros saem bem mais em conta do que num empréstimo pessoal normal.
O que é Empréstimo Consignado para Aposentados e Pensionistas do INSS
Imagina um empréstimo onde você nem precisa lembrar de boleto ou data de vencimento: é o consignado.
Nesse modelo, o valor das parcelas sai direto do seu benefício do INSS, então o banco fica bem mais tranquilo — por isso, costuma cobrar juros menores do que num empréstimo pessoal comum.
Mas antes de fechar, vale bater um papo com você mesmo sobre três coisas:
Quanto você pode comprometer
Tem um limite, chamado “margem consignável”, que é a parte do seu benefício que pode ser usada para pagar esse empréstimo. Fique de olho para não exagerar.
Em quanto tempo você vai quitar
Quanto maior o prazo, menor a parcela, mas mais juros você acaba pagando no total. Escolha um prazo que caiba no seu bolso sem apertar demais.
Se não tem nenhuma “taxinha” escondida
Leia tudo com calma: algumas instituições incluem tarifas de abertura de crédito ou seguros que você nem percebeu.
Pergunte sempre o que está incluso no custo total.
Feito isso, você vai estar tranquilo pra aproveitar a vantagem dos juros mais baixos sem dor de cabeça!
A Dataprev — que é quem cuida dos dados do INSS — revisa essa margem todo ano, então fique de olho na mudança para não comprometer demais seu benefício.
Por que considerar um empréstimo consignado?
1. Taxas de juros mais baixas
Por ter garantia de desconto em folha, as instituições financeiras cobram menos juros. Isso pode significar uma economia de centenas ou até milhares de reais ao longo do contrato.
2. Parcelas fixas e previsíveis
Você sabe exatamente quanto será descontado todo mês. Isso facilita o planejamento do seu orçamento e evita surpresas desagradáveis.
3. Prazos mais longos
Em muitos bancos, o prazo pode chegar a 96 meses (8 anos), dando mais folga no valor de cada parcela.
4. Sem consulta ao SPC/Serasa
Em geral, o crédito consignado não faz consulta aos órgãos de proteção ao crédito, facilitando a aprovação mesmo para quem tem nome sujo.
5 dicas antes de contratar seu empréstimo consignado
1. Compare as taxas de juros oferecidas
Nem todo banco cobra a mesma taxa. Em 2025, o teto de juros para empréstimo consignado do INSS foi fixado em 1,85% ao mês. Mas muitos bancos trabalham com taxas abaixo desse limite.
Faça cotações em ao menos três instituições diferentes e veja qual oferece o menor percentual.
2. Verifique a margem consignável disponível
A margem consignável é o percentual máximo do seu benefício que pode ser comprometido com empréstimos.
Hoje em dia, você pode usar até 35% do valor do seu benefício para empréstimo consignado, mais 5% para o cartão de crédito consignado e outros 5% para o cartão consignado de benefício.
Imagine que seu benefício seja de R$ 2.000 por mês. Desse total, você poderia destinar até R$ 700 para pagar as parcelas do consignado.
Assim, sobrariam R$ 1.300 para cobrir todas as outras contas: mercado, luz, internet, transporte, e até aquele cinema ou jantar com os amigos.
O segredo é simples: faça essa conta antes de fechar qualquer empréstimo. Veja quanto sobra no seu bolso e pense se esse valor é suficiente para o seu dia a dia.
Se ficar apertado, talvez seja melhor reduzir o valor do empréstimo ou rever outras despesas. Dessa forma, você evita apertos e mantém o orçamento sob controle.
3. Analise o Custo Efetivo Total (CET)
O CET inclui juros, tarifas de abertura de crédito e outros encargos.
Às vezes, um banco com taxa de juros ligeiramente maior pode ter um CET mais baixo, porque cobra menos tarifas.
Peça o CET e analise o valor total que será pago ao final do contrato.
Exemplo prático
– Valor solicitado: R$ 5.000
– Prazo: 60 meses
– Taxa de juros: 1,50% ao mês
– CET informado: 1,65% ao mês
Mesmo com juros de 1,50%, o CET mais alto indica custos adicionais. Compare sempre o CET entre os bancos.
4. Atenção ao prazo de pagamento
Prazos mais longos reduzem o valor da parcela, mas aumentam o total pago em juros. Se possível, escolha um prazo que equilibre o valor da parcela com o custo total.
– Prazo curto (24 meses): parcela mais alta, juros menores no total.
– Prazo longo (96 meses): parcela mais baixa, juros maiores no total .
Avalie o quanto cabe no seu orçamento e evite se comprometer com prazos muito longos, que podem se estender por boa parte da sua aposentadoria.
5. Avalie a reputação da instituição financeira
Antes de fechar, pesquise a experiência de outros clientes. Consulte sites de reclamação, pergunte a amigos e familiares, e verifique se o banco oferece um canal de atendimento claro e eficiente.
Uma boa relação de confiança pode fazer toda a diferença em caso de dúvidas ou renegociações.
Principais erros a evitar
– Não ler o contrato inteiro: Pequenas letras podem esconder taxas e tarifas extras.
– Assinar sem simular o orçamento: Sempre faça simulações reais antes de assinar.
– Desconsiderar o CET: Focar só na taxa de juros pode levar a surpresas desagradáveis.
– Comprometer mais do que pode pagar:** Deixe sempre uma margem para imprevistos.
– Ignorar a reputação do banco: Atendimento ruim pode complicar renegociações futuras.
Perguntas frequentes
1. Qual o valor máximo que posso consignar?
Até 45% do benefício total: 35% para empréstimo, 5% para cartão de crédito consignado e 5% para cartão consignado de benefício.
2. Posso ter mais de um consignado ativo?
Sim, desde que o total das parcelas não ultrapasse a margem consignável.
3. Como renegociar o consignado?
Entre em contato com o banco e solicite portabilidade ou renegociação. Avalie sempre o CET e as taxas.
4. Há carência para usar o consignado novamente?
Não há carência, mas o valor disponível depende da margem e do prazo.
5. O que acontece se eu atrasar uma parcela?
Normalmente, há cobrança de multa e juros de mora. Fique atento ao prazo de pagamento.
Você viu como o empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS pode ser uma opção vantajosa, mas exige cuidado na hora de contratar.
Compare taxas, verifique a margem disponível, analise o CET, escolha um prazo adequado e pesquise a reputação do banco.
Com essas cinco dicas, você terá mais segurança para tomar a melhor decisão e manter suas finanças em dia.
Principais pontos abordados
– Empréstimo consignado é descontado na folha do INSS e tem juros menores.
– Margem consignável: 35% para empréstimo, 5% para cartão consignado, 5% para cartão de benefício.
– Compare taxas e CET em pelo menos três bancos.
– Escolha prazos que equilibrem valor da parcela e custo total.
– Pesquise a reputação da instituição financeira antes de fechar.
Com essas orientações, você estará pronto para contratar seu empréstimo consignado com confiança e tranquilidade!
Última revisão e atualização: 03/03/2025